Falta cola

Postado às 10h58 por Luís Tôrres


Não se pode negar que o ex-prefeito Veneziano, após um longo período de imersão ao fim da eleição de 2012, tem se esforçado pra se colocar como candidato principal das oposições.

Na oposição, foi o primeiro a tirar o nome de Cássio Cunha Lima da boca, se mantém empenhado às viagens ao interior e às entrevistas na imprensa, e, com sua educação peculiar, vive de encetar conversar com lideranças oposicionistas.
Tem feito, teoricamente, tudo certo. Mas, no íntimo, e por enquanto, ainda não empolga na base oposicionista. Na prática, não colou vontade com aceitação. E todo mundo sabe disso.

 Dentro do PMDB, à exceção da família Paulino e do próprio irmão, o senador Vital do Rego, há sempre um “se” quando o assunto é candidatura pra 2014. Fora do PMDB, a indiferença é maior. O PR de Wellington Roberto cobra o que Veneziano não pode dar agora, o PEN de Ricardo Marcelo e Luciano Agra nem se manifesta, e o blocão PT/PP/PSC, quando fala, dá sinais de rejeição ao ex-prefeito de Campina.

Nos bastidores, não são poucos os oposicionistas que, sussurrando, dizem que a melhor opção seria o senador Vital do Rego Filho (PMDB), que tem conquistado espaços privilegiados no cenário político nacional, a partir de sua atuação em cargos no Congresso Nacional.

Mas ninguém diz isso em público porque é pouco estratégico. Ora, se a oposição tem – por ora – os dois irmãos como opção, não pode queimar um em favor do outro. É melhor ver até onde Veneziano poderá chegar, antes de puxar do banco o reserva de luxo, e apagar o sonho venezianista de uma vez.  

Obviamente que, em se tratando de carisma no trato pessoal, Veneziano supera o irmão, o que faria dele um candidato mais leve. Porém o desfecho administrativo do Cabeludo em Campina o envelheceu dez mil anos, tornando um pouco pesado para ser “vendido” como promessa. Logo em Campina que, quando ama alguém, ama na largura e no comprimento. Mas quando rejeita...

Matematicamente, Vitalzinho pode disputar o governo do Estado sem perder o cargo de senador, permitindo que o irmão pudesse se candidatar a outro cargo, o que daria mais chance de somar dois irmãos com mandato ao final do processo de 2014.

Mas esse é um pensamento frio, como toda conta matemática. Especulações à parte, Veneziano ainda é prioridade para a família Vital.

Só não poderá sustentar isso por muito tempo se continuar sem empolgar os aliados cujos sobrenomes têm origens - e intenções - diversas.

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