Postado às 18h27
por Luís Tôrres
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Sabe-se, e isso ninguém discute, que uma
das duas principais funções do deputado é legislar. E legislar
entende-se, claro, por produzir leis. Não está definido, no entanto, em
lugar algum que a produção tenha que ser em quantidade. Mas sim em
qualidade e eficiência.
Os deputados, neste sentido, não estão obrigados a produzirem leis como
se estivessem numa fábrica. Nem muito menos fazê-las como quem oferece
jogar dinheiro para o alto. Na função de legislar, a demagogia deve
falar menos do que a legalidade e, principalmente, o efeito prático
social.
A quantidade de vetos do Poder Executivo, votados esta semana, por
exemplo, a sob a alegação de inconstitucionalidade das matérias, tem
mostrado que esse princípio está em falta na produção legislativa dos
deputados estaduais paraibanos. Sejam eles da oposição ou da bancada
governista. É um festival de inconstitucionalidade que tem passado pela
comissão que deveria primar pela legalidade das propostas apresentadas
pelos parlamentares. Algumas propostas trazem até uma bandeira louvável,
mas estão fora de qualquer enquadramento legal.
Há algumas semanas estava em pauta propostas dos deputados aumentando
salário de servidores, ferindo todas as prerrogativas e interferindo na
autonomia do Poder Executivo. Outras leis tratam de temas de competência
federal.
O resultado é monte de leis demagógicas, que nascem mortas e acabam
voltando em forma de vetos par ao plenário, enchendo a pauta da
Assembleia e evitando aprovação de leis efetivamente mais sérias ou
eficientes.
Assim, é preciso que nossos deputados possam reavaliar o conteúdo de
suas proposituras. E a Comissão de Constituição e Justiça da Casa
Epitácio Pessoa tem que ser um selo de qualidade delas. Não uma
indústria da inconstitucionalidade.
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