Depois de aprovada no Senado, norma será aplicada na Assembleia Legislativa e nas câmaras municipais
Poder | Em 03/09/13 às 22h05, atualizado em 03/09/13 às 23h44 | Por Redação com Câmara Federal
O
plenário da Câmara Federal aprovou, por 452 votos a favor (votação
unânime), a PEC do Voto Aberto (349/01). O projeto acaba com o voto
secreto em todos os tipos de votação, incluindo as de cassação de
mandato.Caso seja aprovada pelo Senado Federal, também em dois turnos,
todas as assembleias legislativas e câmaras municipais terão que seguir a
nova norma.
Dos 12 deputados federais da bancada paraibana,
pelo menos quatro se manifestaram pelas redes sociais seus votos a favor
do fim do voto secreto. Os deputados federais Manoel Júnior (PMDB),
Efraim Filho (DEM) e Wilson Filho (PMDB) postaram fotografias no momento
da votação, quando os paneis de suas cadeiras confirmaram o 'sim'. Hugo
Motta (PMDB) divulgou nota à tarde, adiantando seu posicionamento
depois de reunião com líderes partidários.
O deputado federal Ruy
Carneiro (PSDB) há muito tempo vem defendendo o voto aberto. Tinha uma
proposta idêntica na Assembleia Legislativa, quando era deputado
estadual, mas ela foi rejeitada por mais de uma vez.
Por volta
das 19h30min desta terça-feira, 3, o deputado Manoel Junior (PMDB-PB)
divulgou nas suas redes sociais, que votou ‘sim’, na votação nominal, em
segundo turno da PEC do Voto Aberto (PEC 349/01), que acaba com o voto
secreto em todos os tipos de votação.
A
medida vale para as deliberações da Câmara, do Senado, das assembleias
legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das câmaras de
vereadores. Como foi aprovada em segundo turno, a matéria será
analisada ainda pelo Senado, também em dois turnos.
No caso do
Senado, por exemplo, o voto secreto não será mais usado na aprovação de
indicações de ministros dos tribunais superiores; de ministros do
Tribunal de Contas da União (TCU) feitas pelo presidente da República;
de presidente e diretores do Banco Central; do procurador-geral da
República; de chefes de missão diplomática de caráter permanente; e da
exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término
do mandato.
O voto aberto também valerá para a análise de vetos pelo Congresso Nacional (sessões conjuntas da Câmara e do Senado).
De
autoria do ex-deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), a PEC (de
2001) já foi aprovada em primeiro turno pelo plenário da Câmara sete
anos atrás. A PEC foi colocada em votação em setembro de 2006. Ela foi
aprovada por 383 votos a favor, nenhum contrário e quatro abstenções.
Atualmente, o voto secreto no Congresso é previsto em mais de 20 casos.
Atualmente, o voto secreto no Congresso é previsto em mais de 20 casos.
O deputado federal Wilson Filho (PMDB) comemorou a aprovação.
“A PEC tem o meu total apoio. Sou contra e votei para acabar com o voto secreto. O eleitor merece saber como estamos votando no Congresso Nacional. No meu entendimento, voto secreto tem que ser apenas do eleitor para manter a lisura no processo eleitoral”, disse Wilson Filho.
A sessão extraordinária desta terça-feira ocorreu após a Câmara, durante votação na semana passada, preservar o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) - preso desde junho após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 13 anos de prisão por peculato.
“A PEC tem o meu total apoio. Sou contra e votei para acabar com o voto secreto. O eleitor merece saber como estamos votando no Congresso Nacional. No meu entendimento, voto secreto tem que ser apenas do eleitor para manter a lisura no processo eleitoral”, disse Wilson Filho.
A sessão extraordinária desta terça-feira ocorreu após a Câmara, durante votação na semana passada, preservar o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) - preso desde junho após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 13 anos de prisão por peculato.
Para
o deputado federal Efraim Filho, a Câmara se redimiu. "Aprovar o voto
aberto é o mínimo que a Câmara poderia fazer depois do 'tapa na cara do
cidadão brasileiro' que foi a não cassação do deputado Donadon. A
sociedade tem o direito e o dever de fiscalizar como atuam e votam os
seus representantes", afirmou.
Já o deputado Hugo Motta explicou que sempre defendeu o voto aberto por dá mais transparência aos atos dos parlamentares e a sua aprovação vai também atender ao clamor das ruas nas últimas manifestações. “É importante que a votação seja mais transparente principalmente para as pessoas que nos elegeram. Durante reunião da bancada do PMDB o entendimento pela aprovação foi unânime e acredito que mais uma vez o povo brasileiro sairá vitorioso, pois será mais um instrumento de transparência do parlamento brasileiro. Lembrando que a lei não se restringe apenas ao Congresso Nacional, mas se estende aos legislativos estaduais e municipais”.
A proposta já foi aprovada em primeiro turno, em 2006, mas ainda precisa passar por uma segunda votação na Câmara antes de ir para o Senado. Tramita também na Câmara dos Deputados a PEC 196/12 que prevê o voto aberto apenas para as cassações de mandato parlamentar.
Outros
deputados federais paraibanos não deram nenhuma declaração pública
sobre seus posicionamentos em relação à essa matéria aprovada na Câmara
na noite desta terça.
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