Postado às 15h24
por Estadão
O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, oficializou a saída do partido do governo Dilma Rousseff.
Campos, que poderá lançar sua candidatura à Presidência da República em
2014, disse na tarde desta quarta-feira, 18, que o governo petista agora
pode se sentir mais confortável sem o PSB ocupando cargos no Executivo.
"A gente deixa o governo mais à vontade e a gente fica mais à vontade",
resumiu. Apenas o governador Cid Gomes (Ceará) se opôs à carta de
entrega dos cargos.
Campos afirmou que pretende oficializar a decisão do PSB ainda nesta
quarta-feira à presidente Dilma Rousseff e que aguardará um telefonema
do gabinete presidencial confirmando o encontro. "O futuro do País não
passa por cargos", defendeu.
O governador destacou que a sigla desembarca do governo com "respeito à
presidente", mas que continuará atuando no mesmo campo político. "Não
vamos desconsiderar o nosso campo político", reiterou. Segundo ele, a
partir de agora ficará "mais fácil falar (publicamente) das
divergências". Em seu discurso, Campos disse que o PSB fica livre para
discutir a sucessão presidencial do ano que vem.
Apesar das informações de bastidores, Campos negou que a pressão do PT
tenha acelerado o processo do PSB ou provocado constrangimentos. Durante
a entrevista coletiva, o governador lembrou que o partido chegou a
cogitar a saída do governo em junho, período das manifestações, mas que
concluiu que naquele momento não poderia deixar o governo.
O presidenciável disse que os cargos do PT nos Estados governados pelo
PSB não estiveram em discussão na reunião desta manhã. Ele reafirmou que
o partido só discutirá sua possível candidatura em 2014.
Participaram da reunião da Executiva do partido o vice-presidente da
sigla, Roberto Amaral, os governadores Cid Gomes (Ceará), Wilson Martins
(Piauí) e Ricardo Coutinho (Paraíba), o atual ministro da Integração
Nacional, Fernando Bezerra, os líderes da Câmara e do Senado, deputado
Beto Albuquerque (RS) e senador Rodrigo Rollemberg (DF), além dos
deputados de São Paulo, Márcio França e Luiza Erundina. Leônidas
Cristino, da Secretaria dos Portos, está em agenda no exterior.
O PSB ocupa o Ministério da Integração Nacional, três diretorias da
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf), a Secretaria dos Portos, as presidências da Superintendência
de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e da Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco (Chesf).
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