Editor do UOL Tabloide
Você,
cidadão brasileiro que paga seus impostos, se indignou com a decisão do
STF de retomar parte do julgamento do mensalão. Ok! Justo. Cada um se
revolta com a causa que quiser. Só lhe peço um favor: não desconte na
pizza.
Milhares e mais milhares de brasileiros ficaram furiosos
porque o mensalão pode “acabar em pizza”. Mentira! Pode ter acabado em
impunidade. Em patifaria. (Ou não, depende do seu ponto de vista e não
estou aqui para entrar neste mérito.) Mas em pizza, não. Até porque
acabar em pizza é algo ótimo.
Imagine só, chegar em casa após um
dia cansativo de trabalho e ser recebido com uma pizza portuguesa
quentinha. Hummmm. Só de pensar já sinto o cheiro. Discussões sobre
pizza deveriam se resumir a questões como: como ou sem ketchup? Massa
fina ou grossa? Calabresa leva queijo ou não? Agora, misturar
indignações coletiva com o pobre alimento é revoltante!
Dizem que a
expressão surgiu no Parque Antarctica, sede do Palmeiras, após uma
reunião tensa nos anos 1960 em que dirigentes palestrinos pediram várias
pizzas para comer durante o debate. No dia seguinte, a manchete do
finado jornal “Gazeta Esportiva” foi “Crise do Palmeiras termina em
pizza”.
Então, pense nas noitadas felizes regadas com pizza antes
de dizer que qualquer coisa “terminou em pizza”. Proponho, em lembrança à
última quarta-feira, trocar a expressão por “terminou em embargo
infringente”.
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