Cássio diz que Aécio não terá palanque próprio na Paraíba e desconversa sobre sua candidatura

30.10.2013 - 11:07

Aécio contará com aliados nos nove estados do Nordeste, mas ainda está difícil para os tucanos montar palanques sólidos na região, especialmente nos maiores eleitorados, como Bahia, Ceará e Pernambuco que, juntos, representam 59% do eleitorado nordestino.

O senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) coordenador da campanha presidencial de Aécio Neves, declarou que a importância de um palanque próprio para o senador mineiro na Paraíba é superestimada e jogou um balde de água fria sobre as pretensões de quem defendia sua postulação ao Palácio da Redenção.

"Há um certo mito nessa história de palanques. O eleitor vota com convicção, com convencimento", declarou o senador paraibano em entrevista à Folha de S. Paulo.

Aécio contará com aliados nos nove estados do Nordeste, mas ainda está difícil para os tucanos montar palanques sólidos na região, especialmente nos maiores eleitorados, como Bahia, Ceará e Pernambuco que, juntos, representam 59% do eleitorado nordestino.

Nordeste
O Nordeste é o cenário onde a batalha pela presidência vai encontrar o campo mais acirrado para o PT. Reeleito governador com 83% dos votos válidos em Pernambuco em 2010, Eduardo Campos tem o principal palanque em seu Estado, mesmo não tendo ainda definido o nome que irá apoiar para a sua sucessão.

O problema para os petistas é que a saída de Campos da coalizão governista e o consequente lançamento do seu nome ao Planalto cria barreira para que ela repita o feito de 2010, quando obteve no segundo turno 70% dos votos válidos no Nordeste.

O entrave mais sério no Nordeste para Eduardo Campos é o Ceará, Estado em que Dilma conseguiu manter sob sua influência o governador Cid Gomes e seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes. Ambos não aceitaram a cisão com o Planalto e deixaram o PSB de Campos para ingressar no neogovernista Pros.

Para Cássio, o ingresso de Campos na disputa e o que ele chama de "esgotamento" dos efeitos do Bolsa Família como novidade eleitoral afetarão a performance petista na região.

Já Aécio tem apoio tímido em Pernambuco, onde pode até mesmo se aliar ao candidato de Campos, e no Ceará, onde dependerá quase que exclusivamente do amparo de Tasso Jereissati (PSDB), que não conseguiu se reeleger para o Senado em 2010.

Na Bahia, ele espera a definição da candidatura de oposição entre o ex-governador Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB).
 

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