22/08/2015 às 13h03 • atualizado em 22/08/2015 às 13h04
A
denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao
Supremo Tribunal Federal (STF) contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ontem,
quinta-feira, 20 de agosto, implicou a igreja Assembleia de Deus
Madureira, liderada pelos pastores da família Ferreira.
De acordo
com o depoimento do delator Júlio Camargo, a denominação pentecostal
teria intermediado o repasse de R$ 250 mil em propinas a Cunha em 2012.
Para
a PGR, Cunha cometeu crime de lavagem de dinheiro e corrupção passiva,
ao ter pedido e recebido o pagamento de US$ 5 milhões em propinas de
contratos firmados entre a Samsung e a Petrobras.
O pagamento de
parte dessas propinas teria sido feito por Camargo através de depósitos
na conta da Assembleia de Deus, por orientação de Fernando Soares, o
“Baiano”, que é apontado como o operador do PMDB no esquema de corrupção
da Petrobras.
“Soares teria alertado que pessoas dessa igreja
iriam entrar em contato com o declarante [Júlio Camargo]. Representantes
da igreja procuraram Júlio Camargo e informaram os dados bancários da
Igreja Evangélica Assembleia de Deus”, diz o texto da denúncia, de
acordo com informações do Uol.
Após essa aproximação, Júlio
Camargo fez os depósitos na conta da igreja através de empresas de
fachada que ele comandava, no dia 31 de agosto de 2012, sob a
justificativa de “pagamento a fornecedores”.
Segundo a PGR, “não há dúvidas” de que os depósitos foram feitos a pedido de Cunha, para que fosse efetuada a quitação de parte dos US$ 5 milhões de propina que teria sido combinado com Camargo.
Segundo a PGR, “não há dúvidas” de que os depósitos foram feitos a pedido de Cunha, para que fosse efetuada a quitação de parte dos US$ 5 milhões de propina que teria sido combinado com Camargo.
A ligação entre Cunha, que é
evangélico, e a Assembleia de Deus é “notória”, na visão da PGR: “O
diretor da referida Igreja perante a Receita Federal é Samuel Cássio
Ferreira, irmão de Abner Ferreira, pastor da Igreja Assembleia de Deus
Madureira, no Rio de Janeiro, que o denunciado [Cunha] frequenta”,
aponta o texto.
Gospel Mais
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