12/08/2015 às 06h35 • atualizado em 12/08/2015 às 10h05
A
Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos
Deputados aprovou, durante reunião desta terça-feira (11), a Proposta de
Emenda Constitucional que cria o Magistério Público Nacional (PEC da
Nova Educação) de autoria do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB).
Os parlamentares seguiram o voto do relator, deputado Esperidião Amin
(PP/SC), que atestou a admissibilidade da proposta. “Agora, essa deixa
de ser uma questão técnica e passa a ser de vontade política. Vamos nos
mobilizar para aprovação dessa matéria, pois a educação deve ser
prioridade”, destacou Pedro.
Durante a reunião, o tucano usou a
palavra para defender a aprovação da propositura. Ele disse que a
educação é a medida de todas as coisas e que mesmo ali não sendo o
espaço adequado para a discussão, por se tratar a técnica legislativa e
juízo de admissibilidade, ficou tentado a entrar na defesa de imediato
da propositura e expor os seus argumentos.
O parlamentar paraibano
argumentou que a matéria é constitucional e lembrou que o Supremo
Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
4167 reconheceu como constitucional o piso nacional dos professores da
rede pública de ensino. “Faço um apelo a todos os membros desta comissão
para que a proposta seja debatida na comissão específica e que se
permita que a educação seja o debate”, alegou.
Em seu parecer,
Esperidião Amin, que também é professor, destacou que a PEC atende aos
requisitos constitucionais não se vislumbrando em suas disposições
nenhuma tendência para abolição da forma federativa do Estado, do voto
direto, secreto, universal e periódico, da separação dos Poderes ou dos
direitos e garantias individuais. O entendimento foi seguido pelos
demais integrantes da comissão.
Após aprovação pela CCJ será
designada uma comissão especial, para que ela trate do mérito da PEC,
que terá o prazo de 40 sessões para proferir o parecer sobre a matéria.
Após aprovação nessa comissão especial, a proposta segue para plenário
para ser votada em dois turnos com intervalos de cinco sessões entre as
votações. Para ser aprovada a propositura precisa de 308 votos, ou seja,
três quintos dos deputados em cada um dos turnos. Caso aprovada, a PEC
segue para tramitação e votação no Senado Federal.
Carreira nacional –
A ‘PEC da Nova Educação’ acrescenta um parágrafo ao artigo 205 e
modifica o inciso VIII e o parágrafo único ao artigo 206, ambos da
Constituição Federal, para instituir o Magistério Público Nacional. Ela
estabelece que o professor é a categoria responsável pela educação e que
seu subsídio máximo seja considerado limite superior dos agentes
administrativos públicos, não podendo a diferença entre as diversas
categorias ser superior a 10% nem inferior a 5%, nem exceder a 90% do
limite a que se refere ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Todos os professores, segundo a
propositura, seguirão as diversas carreiras, regidas por uma lei
complementar nacional, sem que, também, no espaço geopolítico ou
administrativo possam ter diferenças. “Garante-se assim, um subsídio
para o magistério como forma de dar-lhe a mesma grandeza dos agentes
políticos (magistratura, Ministério Público, mandatos eletivos e
correlatos) e que esses subsídios serão limites superiores na
administração pública, para os demais servidores do Estado, entendidos
como agentes administrativos”, explicou o deputado.
Implementação –
Depois de aprovada, a PEC também diz que o Governo terá um prazo de 15
anos da publicação da lei para se atingir o valor previsto que será pago
aos professores, além da determinação de que o programa de ajuste do
orçamento conste das leis orçamentárias.
“Essa proposição cria a instituição do Magistério Público Nacional a fim de considerar o professor o instrumento responsável pela educação, para atender que todos os limites da ação humana é o próprio ser humano. Vamos agora para o próximo passo que é a discussão da PEC na Comissão Especial”, destacou o deputado Pedro Cunha Lima.
“Essa proposição cria a instituição do Magistério Público Nacional a fim de considerar o professor o instrumento responsável pela educação, para atender que todos os limites da ação humana é o próprio ser humano. Vamos agora para o próximo passo que é a discussão da PEC na Comissão Especial”, destacou o deputado Pedro Cunha Lima.
MaisPB
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