08/08/2015 às 09h09 • atualizado em 08/08/2015 às 11h47
Em
conversa reservada com alguns ministros no início da tarde desta
sexta-feira (7), em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
demonstrou resistência à proposta de virar ministro do governo Dilma.
“Só
vou para o governo se for para ser ajudante de ordens da presidente;
para repassar as ordens de Dilma”, disse Lula, bem humorado, segundo
relatos.
Como revelou o Blog, com o agravamento da crise política,
passou a ser avaliada no Palácio do Planalto a possibilidade de
nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um cargo de ministro. Essa tese já é defendida por alguns interlocutores de Dilma e do próprio Lula.
Nas
palavras de Lula, num regime presidencialista não é apropriado um
ex-presidente participar de um governo. Mas garantiu que vai ajudar na
governabilidade.
Depois de um ato em defesa do Instituto Lula
– alvo de uma bomba caseira –, Lula recebeu um grupo de petistas. E
conversou com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques
Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social).
Diferente
de outros encontros recentes, onde Lula demonstrou abatimento e
desânimo com a situação política atual, nesta sexta o ex-presidente
estava mais animado. Disse que se colocava à disposição de Dilma para
viajar pelo país.
E elogiou a agenda da presidente com os
movimentos sociais e o roteiro de viagens pelo Nordeste. Para Lula, é
preciso mostrar e reforçar tudo o que o governo fez na região. O
Nordeste é considerado estratégico para Dilma estancar a queda de popularidade.
Diante da polêmica envolvendo o vice-presidente Michel Temer, que disse esperar que “alguém tenha capacidade de reunificar a todos” e depois colocou o cargo à disposição, Lula defendeu o peemedebista. Disse que Temer tem sido “um aliado muito fiel” e que tem “uma postura correta”.
BLOG DO CAMAROTTI
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