O PT atingiu a sua maior popularidade desde a segunda posse da
ex-presidente Dilma Rousseff, em meio à crise política e econômica que
atinge o governo Michel Temer. Segundo pesquisa Datafolha, é o partido
favorito de 18% da população.
A legenda era a líder isolada em popularidade de 2000 até junho de 2015, quando empatou tecnicamente com o PSDB.
À época, os simpatizantes dos petistas eram 11% e do tucanos, 9%. Em
dezembro do mesmo ano, o PT continuava a pontuar 11% e o PSDB chegava a
8%.
Mesmo depois do processo de impeachment de Dilma, a legenda da
ex-presidente ainda penava na popularidade. Em dezembro do ano passado,
tinha 9%. Voltou a crescer em maio deste ano, quando alcançou 15%.
O ápice de popularidade do PT foi no próprio governo Dilma, em março de
2013, pouco antes das manifestações de junho. A sigla havia chegado a
29% de preferência popular.
No levantamento feito entre quarta-feira (21) e sexta (23) com 2.771
entrevistados, o Datafolha aponta em segundo lugar, empatados com 5%, o
PSDB e o PMDB. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais
ou para menos.
A grande maioria dos entrevistados, no entanto, não tem preferência por partidos. Esse índice é de 59%.
Além de PT, PSDB e PMDB, apenas outras três legendas chegam a pontuar na pesquisa. PSOL, PV e PDT alcançaram 1% cada.
O crescimento na popularidade do PT acontece ao mesmo tempo em que o governo Michel Temer chega à menor marca registrada pelo Datafolha em 28 anos.
O presidente foi gravado secretamente pelo empresário Joesley Batista,
da JBS, em uma conversa em que ambos tratavam da relação com o
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso. O áudio foi
entregue como prova na delação do empresário e deverá subsidiar
denúncias contra Temer.
Já o PSDB teve um de seus principais líderes, o senador Aécio Neves
(MG), afastado do cargo e da presidência da legenda, também por causa de
conversas gravadas com Joesley. O tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução à Justiça.
Para os investigadores, o tucano usou o cargo para atuar em benefício da
J&F, a holding da JBS, além da ingerência do PSDB em assuntos
governamentais. Aécio nega as acusações.
Fonte: Folha de SP
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