País
ultrapassou a marca de 10 mil óbitos no sábado; número de casos confirmados é
de 168 mil
BRASÍLIA
Dados do Ministério da Saúde desta segunda (11) apontam que o Brasil
registrou 396 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Ao todo, são
11.519 óbitos confirmados pela doença.
A própria pasta, porém, tem dito que uma redução é esperada aos fins de
semana porque as equipes de saúde nos estados e municípios atuam em número
menor.
O recorde é de 751 novas mortes por Covid-19, batido na sexta (8). No
dia seguinte, sábado (9), houve 730 novos óbitos, e o país ultrapassou a marca de 10 mil mortes pela
doença.
Na semana passada, foram quatro dias seguidos com mais de 600 óbitos
novos por dia —600 na terça (5) , 615 na quarta (6), e 610 na quinta (7).
O país também registrou 5.632 novos casos confirmados de Covid-19 no
Brasil e tem, ao todo, 168.331 casos.
Segundo especialistas, os números reais devem ser maiores, já que há
baixa oferta de testes no país e subnotificação. Atualmente, o país tem 1.897
mortes ainda em investigação.
O estado de São Paulo ainda lidera em número de casos, com 46.131 já
confirmados e 3.743 mortes. Em seguida, está o Rio de Janeiro, com 17.939 e
1.770 óbitos.
Outros três estados já apresentam mais de mil mortes cada: Ceará
(1.189), Pernambuco (1.087) e Amazonas (1.035).
O ministro da Saúde, Nelson Teich, participou de coletiva de imprensa,
mas não comentou os novos números. O encontro foi encerrado menos de cinco
minutos antes do horário previsto para a atualização de dados em plataforma
mantida pela pasta.
Na coletiva, Teich defendeu que haja um novo modelo de triagem de
pacientes na rede de saúde, em que o tratamento poderia ser iniciado já em
ambulatórios.
"A abordagem ideal passa por intensificar a atuação no momento em
que as pessoas passam a apresentar os sintomas. Precisamos identificar e tratar
mais cedo", disse.
Segundo ele, o maior gargalo da rede de saúde hoje é a oferta de
respiradores, o que leva o sistema de saúde a centralizar boa parte das ações
em UTIs.
"Mas não dá para focar só no doente mais grave. [Podemos] Criar
unidades mais separadas de ambulatório, onde vai fazer oximetria e vai ter
tomografia computadorizada, ou onde pode tentar ventilação não invasiva. É
possível que abordando a doença num momento mais precoce a gente reduza a
evolução para uma forma mais crítica."
Teich, porém, não apresentou detalhes ou uma previsão de quando essa
mudança no modelo deve ocorrer.
Ainda de acordo com o ministro, a pasta discute critérios para fazer
parte de um grupo que poderá testar a primeira vacina para a Covid-19.
Ele também voltou a defender que o uso de possíveis novos tratamentos
seja submetido a estudos clínicos. Atualmente, um dos estudos mais promissores
é feito com o antiviral remdesivir, diz Teich.
"Quando a gente tiver algum estudo que comprove benefício claro,
vamos recomendar. Fora isso, o ideal é que qualquer droga seja tratada em
estudo clínico", disse.
O ministro também apresentou um resumo inicial de uma diretriz para
definir níveis de distanciamento social a serem aplicados pelos estados e
municípios. A ideia é que cada município ou estado responda a um questionário
que atribui pontuações para itens como quantidade de leitos e aumento de
internações.
Com isso, seriam indicados até cinco níveis de distanciamento, que iriam
de um distanciamento "seletivo" mais brando até uma "restrição
máxima".
Um detalhamento da proposta deve ser apresentado na quarta-feira (13).
Fonte: Folha de SP
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