Conforme denúncia, Geraldo Serafim, então candidato
na cidade, foi visto distribuindo tijolos, faltando apenas quatro dias para as
eleições
O Ministério Público Eleitoral (MPE) da
11ª Zona Eleitoral de Areia estabeleceu o prazo de 10 dias para que o
prefeito do município de Cuitegi, Geraldo Serafim (PSDB), apresente defesa
acerca da denúncia de entrega de tijolos em troca de votos no município, poucos
dias antes das eleições municipais.
+ Candidato a prefeito de Cuitegi vai
parar na polícia após ter caminhão apreendido
De acordo com a denúncia, no dia 11 de novembro de 2020, foi relatado que
Geraldo Serafim, então candidato na cidade, havia sido visto distribuindo
tijolos em troca de votos. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e
realizou rondas, quando constatou o caminhão carregado de tijolos em uma rua da
cidade.
Ainda
conforme o documento, o motorista que conduzia o veículo informou, durante a
abordagem, que havia realizado a entrega dos tijolos em mais três localidades.
Ele apresentou notas fiscais com informações contraditórias, “fato que
demonstra que os denunciados estavam entregando mercadorias (tijolos) em troca
de votos, motivo pelo qual foi acionado o Fisco Estadual, o qual enviou equipes
de fiscais ao local e apreenderam a mercadoria, lavrando o auto de atuação
fiscal.”
Os policiais entraram em contato com os compradores listados nas notas fiscais, no entanto, a companheira de um dos supostos clientes informou que ele havia comprado os tijolos, mas não soube informar a quantidade adquirida nem o valor pago por ele. Já no caso do segundo homem que teria contratado o serviço, a esposa declarou que ele teria feito a aquisição de 500 tijolos para construção de um banheiro em sua residência e que teria pago em torno de R$ 280,00 a R$ 300,00 pela compra, valor que difere do listado no recibo (R$ 250,00) e na nota fiscal (R$ 100,00).
No dia do ocorrido, Francisco Edinaldo
Souza Leite, conhecido por “Chico Mala”, também candidato a prefeito, estava no
local uso o próprio carro para tentar manter o caminhão carregado de tijolos
até que a polícia chegasse. Após isso, Geraldo Serafim deu vários socos no
veículo de “Chico Mala”, e o ameaçou, afirmando que, “se ele não tirasse o
carro da frente do caminhão, passaria por cima”.
Durante
a oitiva, Geraldo declarou ser proprietário de uma “Cerâmica”, que o veículo
apreendido era seu e que o condutor era seu funcionário. Conforme ele, as
entregas estariam relacionadas aos serviços prestados por sua empresa. O gestor
pagou R$ 10 mil para que o motorista respondesse a acusação em liberdade.
“É
importante destacar ainda que, estranhamente, todas essas entregas dos tijolos
foram realizadas no dia 11 de novembro de 2020, quatro dias antes das eleições.
Além disso, a maioria dos nomes e endereços constantes nas anotações de entrega
não consta nas notas fiscais, o que também demonstra que os denunciados estavam
realizando entregas aos referidos eleitores em troca de votos”, destacou em
trecho do documento.
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