As divergências próprias da espécie humana sempre existiram,
sendo acentuadas, em especial, quando passaram a “vigorar” na cadeia evolutiva
os avanços intelectuais do Homo sapiens, à qual pertence o homem atual.
Dito tal fato científico,
observo que os embates envolvendo o governador João Azevêdo (Cidadania) e o
prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas) relativos à condução das
medidas restritivas para o combate ao malsinado coronavírus são perfeitamente
normais.
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Ao contrário
do que parte da imprensa paraibana vem apregoando, não existe um cisma político
envolvendo os dois gestores e, sim, percepções diferentes de como enfrentar a
pandemia. Importante observar que há bem mais pontos de convergência que
discordância. Pequenas “rusgas” de interpretação de como deve ser tratada a
Covid-19 são normais.
Não há
um fosso no entorno dos dois gestores. O diálogo esteve e está aberto.
Judicializar partes isoladas dos decretos emitidos pelo governo do Estado ou
pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) não significa rota de colisão
frontal envolvendo o governador e o prefeito da capital. Ao contrário, trata-se
do mais puro gesto democrático, sem riscos efetivos para as normas sanitárias
desenvolvidas para conter o avanço da pandemia.
O
leitor pode perceber que os gestores não se enquadram na cartilha do
negacionismo. Ao contrário, ambos buscam a imunização da população e zelam pela
vida humana, algo bem diferente do que o governo federal até bem pouco tempo
pregava.
Exemplos?
A defesa obsessiva, por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem
partido), que gritava, a plenos pulmões, que a cloroquina seria a “salvação”
para impedir o avanço da pandemia em solo nacional, colocando a chamada
imunidade de rebanho como sendo mais importante que a vacina.
E aí
pergunto, e ao mesmo tempo respondo: Cícero e João Azevêdo já compartilharam
com essas teorias – se posso chamar assim – defendidas por Bolsonaro? Claro que
não!
Então,
como bem falou o jornalista Dércio Alcântara em breve diálogo com minha pessoa,
não há racha político envolvendo Cícero Lucena e João Azevêdo e, sim,
divergências técnicas sobre as medidas adotadas por cada gestor para debelar os
malefícios impostos pela letal Covid-19.
Algo
razoável que enxergo não ser motivo para a “quebra” da união envolvendo os dois
políticos e suas respectivas equipes técnicas que estão na linha de frente para
conter a pandemia.
PB Agora
Por Eliabe Castor
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