Argumento
é usado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar justificar os
aumentos constantes do combustível no país
A Petrobras divulgou os ganhos do segundo
semestre de 2021, que registou a marca de maior lucro da história, com R$
42,855 bilhões. O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), após a
divulgação do lucro da Petrobras, questionou o fato dos constantes aumentos
serem justificados pela cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias
(ICMS), que é arrecadado pelos estados.
“Depois
[a culpa] é o ICMS dos estados?”, disse João, em tom de ironia. O
argumento é usado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para
tentar justificar os aumentos da gasolina. A Petrobras já anunciou um novo
reajuste da gasolina para esta quinta-feira (12). Entre o segundo trimestre de
2021 e o mesmo período do ano passado, o preço médio dos derivados praticados
pela Petrobras no mercado interno cresceu 102,9%.
O aumento dos preços de derivados é
reflexo da política de preços de paridade de importação (PPI) adotada pela
estatal, que reajusta o preço dos derivados a partir de mudanças nas cotações
internacionais do petróleo, na taxa de câmbio e em custos logísticos.
Essa
política de preços permite à Petrobras exercer o seu poder de mercado —condição
de quase monopolista— por meio da prática de preços monopolistas nas
refinarias, buscando maximizar os lucros e os rendimentos para os seus
acionistas, em detrimento dos consumidores.
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