Meu
contraparente morava em Quipapá, Mata Sul de Pernambuco. Era senhor de
engenho. Tinha a maior casa e as maiores terras da região.
As propriedades, contudo, não faziam dele um homem rico. Mas isso ele não sabia.
Como não conhecia muita coisa além de suas porteiras, viveu e morreu se sentindo um milionário.
Existem muitas Quipapás, lotadas de supostos milionários, dentro da Paraíba.
Claro que o conceito de riqueza é – como tudo o mais na vida – muito relativo. Do ângulo em que enxergo esta subjetividade, entendo que o homem é rico quando atinge suas necessidades básicas. A riqueza seria, tal como ocorria com meu contraparente, um estado de espírito.
Obviamente, nem tudo é subjetividade no universo financeiro. Fortunas – e todos os cifrões que envolvem – são passíveis de aferições. Viram referências – escalas de riquezas que mexem com o nosso imaginário.
Cito dois ilustrativos exemplos.
Carlos Slim, o magnata das telecomunicações do México, acaba de amealhar mais de US$ 15 bilhões com a venda de alguns ativos.
Trocando em miúdos – se é que isso é possível quando a referência é o multimilionário Slim – todo esse dinheiro foi levantado com a venda de pequena parte de sua participação no mercado de telefonia. Sua fortuna, contudo, é muito mais vasta. No Brasil, é dono da Claro e da Embratel.
Outro exemplo de riqueza é a família brasileira Klein. Discretamente, eles comandam marcas de sucesso no País e no mundo. O portfólio da família, somente na área de imóveis, atinge R$ 4,6 bilhões. Os alugueis rendem, anualmente, em torno de R$ 320 milhões.
Os números não mentem: Slim e Klein são, de fato, ricos.
A maioria, porém, vive apenas a ilusão da riqueza.
Uma fantasia que é ainda maior nas gerações sucessoras. Os filhos e netos dos supostos ricos alimentam, com muito mais afinco, esse delírio.
Agem como ricos. Consomem como ricos. E ameaçam, dessa forma, patrimônios extremamente frágeis.
Não sem razão, já assisti inúmeras “fortunas” virarem pó na gastança insana dos iludidos pela falsa impressão de riqueza.
Aliás, este é um fenômeno pródigo na Paraíba. Realmente me espanto com a pouca noção de riqueza que assola nosso convívio social – especialmente nas gerações mais novas e na forma distorcida como avaliam os patrimônios de seus pais e avós.
Atribuo isso, fundamentalmente, a desinformação. Pois de fato demonstram não ter a menor noção do que é ser efetivamente rico.
São economicamente remediados tentando levar a vida de milionários, com excentricidades e gastos que acabaram por legitimar a sequência dramática do pai rico, filho nobre, neto pobre.
Dinheiro, meus caros, realmente não aceita desaforos. Nem ignorâncias.
Aos que têm a sorte de serem remediados, sobra a obrigação da consciência financeira. Ou o fardo de, findada a ilusão, acordar – tarde demais – para uma dura realidade.
As propriedades, contudo, não faziam dele um homem rico. Mas isso ele não sabia.
Como não conhecia muita coisa além de suas porteiras, viveu e morreu se sentindo um milionário.
Existem muitas Quipapás, lotadas de supostos milionários, dentro da Paraíba.
Claro que o conceito de riqueza é – como tudo o mais na vida – muito relativo. Do ângulo em que enxergo esta subjetividade, entendo que o homem é rico quando atinge suas necessidades básicas. A riqueza seria, tal como ocorria com meu contraparente, um estado de espírito.
Obviamente, nem tudo é subjetividade no universo financeiro. Fortunas – e todos os cifrões que envolvem – são passíveis de aferições. Viram referências – escalas de riquezas que mexem com o nosso imaginário.
Cito dois ilustrativos exemplos.
Carlos Slim, o magnata das telecomunicações do México, acaba de amealhar mais de US$ 15 bilhões com a venda de alguns ativos.
Trocando em miúdos – se é que isso é possível quando a referência é o multimilionário Slim – todo esse dinheiro foi levantado com a venda de pequena parte de sua participação no mercado de telefonia. Sua fortuna, contudo, é muito mais vasta. No Brasil, é dono da Claro e da Embratel.
Outro exemplo de riqueza é a família brasileira Klein. Discretamente, eles comandam marcas de sucesso no País e no mundo. O portfólio da família, somente na área de imóveis, atinge R$ 4,6 bilhões. Os alugueis rendem, anualmente, em torno de R$ 320 milhões.
Os números não mentem: Slim e Klein são, de fato, ricos.
A maioria, porém, vive apenas a ilusão da riqueza.
Uma fantasia que é ainda maior nas gerações sucessoras. Os filhos e netos dos supostos ricos alimentam, com muito mais afinco, esse delírio.
Agem como ricos. Consomem como ricos. E ameaçam, dessa forma, patrimônios extremamente frágeis.
Não sem razão, já assisti inúmeras “fortunas” virarem pó na gastança insana dos iludidos pela falsa impressão de riqueza.
Aliás, este é um fenômeno pródigo na Paraíba. Realmente me espanto com a pouca noção de riqueza que assola nosso convívio social – especialmente nas gerações mais novas e na forma distorcida como avaliam os patrimônios de seus pais e avós.
Atribuo isso, fundamentalmente, a desinformação. Pois de fato demonstram não ter a menor noção do que é ser efetivamente rico.
São economicamente remediados tentando levar a vida de milionários, com excentricidades e gastos que acabaram por legitimar a sequência dramática do pai rico, filho nobre, neto pobre.
Dinheiro, meus caros, realmente não aceita desaforos. Nem ignorâncias.
Aos que têm a sorte de serem remediados, sobra a obrigação da consciência financeira. Ou o fardo de, findada a ilusão, acordar – tarde demais – para uma dura realidade.
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