Fratricídio O PMDB do Senado articula um movimento
para tirar o Michel Temer da presidência do PMDB na convenção do
partido em março. O racha entre as alas pró e contra impeachment
antecipou a disputa sobre qual dos grupos comandará o maior partido do
país. Um cacique influente conta que hoje “a recondução dele é muito
difícil”. A ideia é substituir Temer por Romero Jucá ou Renan Calheiros.
Aliados do vice dizem que opositores tentam, sem sucesso, tirá-lo do
posto desde 2005.
Caderneta “Renan até perdoa, mas anota o nome na lista”, diz um aliado do presidente do Senado.
Ressabiado O mercado financeiro começa a duvidar se Michel Temer tem força para “unir o país”.
Abajur Amigos dizem que é hora de Temer submergir: “Chegou o momento de Michel assumir o vice decorativo que há nele e se resguardar”.
O próximo Após Joaquim Levy se despedir em reunião
na Fazenda, Dilma Rousseff resolveu acelerar a escolha do sucessor. Pode
anunciar o novo ministro já nesta sexta ou, no máximo, na próxima
semana. Nelson Barbosa (Planejamento) entrou fortemente nas cotações de
quinta (17).
Apostas Preocupados com a reprovação do nome de
Barbosa entre investidores, ministros buscavam outras opções, entre
elas: Armando Monteiro (Mdic), Marcos Lisboa (Insper) e Otaviano Canuto
(FMI).
Sem amarras “Já perdemos o selo de bom pagador, já
não temos um voto banqueiro. Há razão para colocar um nome do mercado?”,
reclamava um integrante da cúpula do governo.
Budget Avisados pelo Executivo de que poderia haver
espaço para Romero Jucá na equipe econômica, o PMDB do Senado ficou de
decidir se indicaria o parlamentar para a Esplanada.
Perfil Senadores avaliam que Jucá se encaixaria mais no Planejamento e menos na Fazenda.
#ConectaBrasil O Planalto tomou um susto ao se
deparar, na quinta, com uma forte reação nas redes sociais de
brasileiros exigindo do governo o desbloqueio do aplicativo WhatsApp.
Viral Um post de Mark Zuckerberg, presidente do
Facebook, teria estimulado a cobrança. Ele dizia que era um dia triste
para o Brasil. E terminava afirmando: “se você é brasileiro, faça sua
voz ser ouvida e ajude seu governo a refletir a vontade do povo”.
Recorta e cola Um emissário palaciano acionou o
Facebook e explicou a situação. Tempos depois, veio a edição: “se você
for brasileiro, faça sua voz ser ouvida”.
Efeito Colateral
Na operação de busca e apreensão na casa de Eduardo Cunha, a PF acabou
levando uma pilha de documentos da esposa do deputado que seria
encaminhada à Receita Federal. O fisco segue à espera das explicações de
Cláudia Cruz.
Mal na foto Sondagem feita pelo PRB em oito
municípios de SP indicou alto índice de rejeição à presidente Dilma
Rousseff. Num deles, só 2,6% disseram aprová-la. A pesquisa foi feita
para testar o nome de pré-candidatos do partido à prefeitura e será
usada para moldar a estratégia para as eleições de 2016.
Cadê? O FI-FGTS foi avisado por técnicos da Caixa
que o BNDES até hoje não enviou toda a papelada necessária para a
liberação dos R$ 10 bilhões solicitados. Procurado, o BNDES se recusou a
explicar o que trava a operação.
Eu, hein Ao saberem do empecilho, conselheiros do
fundo ficaram sem entender. Nos últimos meses, tiveram de ouvir apelos
de Luciano Coutinho para a aprovação. O presidente do BNDES argumentava
que, sem o dinheiro, o banco teria problemas para honrar seus
compromissos.
TIROTEIO
“PGR deixou de ser acrônimo de procurador-geral da República. Passou a ser sigla para procurador-geral da Rousseff”.
DE EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), presidente da
Câmara, sobre o pedido de Rodrigo Janot para afastá-lo do cargo, enviado
ao Supremo Tribunal Federal na quarta-feira (16).
CONTRAPONTO
Piada no salão
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) discursava animadamente na tribuna
durante a sessão do Congresso desta quinta-feira (17) quando viu que seu
tempo estava prestes a terminar. Pediu, então, para que Romero Jucá
(PMDB-RR), que presidia os trabalhos no lugar de Renan Calheiros,
estendesse sua fala:
— Presidente, mais um minuto, por favor… Ou não vou ter tempo de elogiá-lo — disse Ribeiro, em tom galante.
Jucá concedeu mais um minuto. Mas não perdeu a oportunidade de fazer galhofa com o vice-presidente, Michel Temer, que comanda sua legenda:
— Manda o elogio por carta. Está na moda!
— Presidente, mais um minuto, por favor… Ou não vou ter tempo de elogiá-lo — disse Ribeiro, em tom galante.
Jucá concedeu mais um minuto. Mas não perdeu a oportunidade de fazer galhofa com o vice-presidente, Michel Temer, que comanda sua legenda:
— Manda o elogio por carta. Está na moda!
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