PMDB exclui Manoel Júnior da comissão de impeachment

07/12/2015 às 09h54 • atualizado em 07/12/2015 às 10h41



Após negociações no fim de semana, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), definiu cinco dos oito nomes que serão indicados, nesta segunda-feira (7), para compor a comissão especial que vai analisar processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além do próprio Picciani, integrarão o colegiado os deputados Hildo Rocha (PMDB-MA), João Arruda (PMDB-PR), José Prianti Junior (PMDB-PA) e Washinton Reis (PMDB-RJ).

O paraibano Manoel Júnior, que na última sexta-feira (04), foi indicado para compor o grupo peemedebista na comissão ainda não teve o nome confirmado.

Partido do vice-presidente Michel Temer e maior sócio do governo, o PMDB enfrenta dificuldades na negociação, já que há uma divisão na legenda em relação ao governo da presidente Dilma. Uma ala liderada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defende que a legenda se afaste do governo, enquanto o líder do PMDB se aproximou de Dilma durante a reforma ministerial e defende a “governabilidade”.

Durante o fim de semana, Picciani afirmou que buscaria nomes que poderiam agir de forma “imparcial” na comissão especial. Manoel Júnior é muito ligado a Cunha e teve a relação com o Picciani estremecida na escolha do líder do PMDB na Câmara. Manoel Júnior pleiteava o cargo, mas o cario foi preterido pelo cario, que contou, inclusive, com o apoio de Cunha.
Todos os partidos devem indicar até às 14h desta segunda os nomes que integrarão o colegiado. Serão 65 membros e 65 suplentes.
O PT já anunciou dois dos oito deputados do partido que farão parte do colegiado – os líderes do governo, José Guimarães (PT-CE), e do PT, Sibá Machado (AC). Haverá uma reunião da bancada ao meio-dia para definir os demais integrantes. O PSD já definiu três dos quatro parlamentares que indicará- o líder do partido, Rogério Rosso (DF), e os deputados Júlio César (PSD-PI) e Paulo Magalhães (PSD-BA).
A preocupação do governo é que os partidos da base aliada indiquem apenas deputados “fieis” para a comissão especial.  Os nomes indicados pelos partidos serão confirmados em reunião marcada para as 18h desta segunda. Na terça (8), o colegiado vai eleger presidente e relator.
A partir desse momento Dilma será notificada e terá prazo de 10 sessões para apresentar uma defesa. Então, a comissão terá outras cinco sessões para votar relatório pela abertura ou não de processo de impeachment. O parecer ainda tem que ser submetido ao plenário e a abertura do processo depende dos votos de 342 dos 513 deputados.

Outras indicações
 
A assessoria do PSDB disse que já foram definidos dois dos seis membros – o líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e o deputado Bruno Araújo (PSDB-CE). A líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), vai assumir uma vaga pelo partido.
O Solidariedade, partido de oposição, já escolheu seus dois integrantes: o líder do partido, Arthur Maia (BA), e o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), ambos defensores do impeachment. O PSOL escolheu o deputado Ivan Valente (RJ) e anunciou que votará contra a continuidade do processo.
O representante do PMN será o Antônio Jacome (RN). O PPS indicou Alex Manente (SP). O PDT indicou Afonso Motta (PDT-RS) e Dagoberto Nogueira Filho (PDT-MS). Os indicados do PRB são Jhonatan de Jesus (PRB-RR) e Vinicius Carvalho (PRB-SP). Sarney Filho (MA) atuará na comissão pelo PV.

MaisPB com G1

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