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Deputado pede ao STF novas eleições na Câmara para neutralizar Cunha




SÃO PAULO – O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) afirmou nesta quarta-feira (18) que será preciso recorrer a novas eleições para que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), deixe de intervir na Casa.

De acordo com o parlamentar democrata, “há a preocupação de que Cunha dificulte que pautas essenciais para a recuperação da economia sejam votadas rapidamente”.

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  Aleluia entrou com mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo para que seja declarada vaga a presidência da Casa. As eleições da nova mesa seriam marcadas em até cinco sessões.
A O Financista, Aleluia explicou que pediu a anulação do ato da mesa diretora de sábado (14) que determinou a suspensão do exercício da presidência da Casa sem declarar a vacância do cargo, mantendo benefícios ao peemedebista.

“Estou entrando com esse mandado para que novas eleições sejam convocadas e Cunha deixa de influenciar em decisões da Câmara e em outros poderes, como o Executivo”, disse Aleluia.

O deputado afirmou que a decisão de entrar com o mandado "nada tem a ver" com o fato de o deputado André Moura (PSC) ter sido escolhido para ser o líder do governo na Câmara dos Deputados. O nome de Moura sofreu resistência de alguns parlamentares por ser aliado de Cunha, mas sua indicação ganhou força depois que o líder do PP na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro, destacou que um bloco de 295 deputados estaria apoiando formalmente a nomeação de Moura.

Em coletiva de imprensa, Moura confirmou que assumiria o posto. “Fui convidado diretamente por Temer. Cunha não terá nenhuma influência na minha liderança. Missão me foi confiada por Temer”, disse.

Duas semanas de afastamento

Em 5 de maio, o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou por unanimidade afastar Cunha de seu mandato de deputado e, consequentemente, da presidência da Câmara dos Deputados. O pedido havia sido feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) em dezembro do ano passado. Os 11 ministros acompanharam o voto do relator da ação, o ministro Teori Zavascki, que concedeu liminar afastando Cunha do cargo.
Desde então, o peemedebista foi substituído por Waldir Maranhão, do PP, que vem sendo pressionado para renunciar. A especulação sobre uma possível renúncia de Maranhão teve início quando ele tentou, por meio de um ato, anular a sessão que encaminhou ao Senado a análise sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
 
Fonte: MSN

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