O ministro da Fazenda do governo Michel Temer, Henrique Meirelles,
disse, em seu primeiro pronunciamento e entrevista coletiva no cargo,
que a meta do governo é diminuir impostos, mas agora pode ser preciso
criar mais um.
Ele respondeu a uma questão de um jornalista
sobre a proposta de retomar a CPMF (Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira), mesma medida que o governo Dilma cogitou
aplicar, e pela qual foi muito criticado.
"O Brasil tem muitos
impostos. A meta é diminuir o nível de tributação da sociedade. Dito
isso, a prioridade hoje é diminuir a dívida pública. Se houver
necessidade de um tributo, ele será aplicado, mas temporário", afirmou
Meirelles.
Ele voltou a reconhecer que o brasileiro paga muitos
impostos, mas que a necessidade agora é outra. "Sabemos que a tributação
é elevada, uma das maiores entre os países emergentes. A meta é a
diminuição do nível tributário. No entanto, a prioridade é a dívida
pública e seu crescimento a níveis sustentáveis. Um novo imposto será
temporário. Se for necessário", declarou nesta sexta-feira (13).
O novo ministro não quis detalhar nenhuma medida concreta. Ele afirmou que só quer divulgar atos quando tiver certeza de que serão viáveis e tiveram chance de aprovação no Congresso.
Nova equipe
Durante a entrevista, Meirelles disse que também que Tarcísio Godoy
será o novo secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Segundo
Meirelles, outros nomes da equipe serão anunciados na próxima
segunda-feira (16).
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