A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) declarou "total apoio" ao agente Newton Ishii, conhecido como "Japonês da Federal", que foi preso na terça-feira (7), condenado por facilitação de contrabando.
"Ele já vem sendo punido injustamente há muitos anos, mesmo após árdua
luta para provar sua inocência", declarou o presidente da Fenapef, Luís
Boudens, para quem Ishii se tornou "um ícone do combate à corrupção e ao
crime organizado".
Rosto conhecido da Operação Lava Jato,
responsável pela escolta dos presos na Polícia Federal em Curitiba,
Ishii está detido numa sala da superintendência no Paraná –para onde vão
os investigados na operação.
Ele e outros agentes federais foram acusados de facilitar o contrabando
de mercadorias do Paraguai, enquanto estavam lotados em Foz do Iguaçu,
oeste do Paraná. O japonês foi alvo de operação da PF em 2003 e chegou a
ficar quatro meses preso.
Em maio, Ishii perdeu um recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça),
que ordenou a execução provisória da pena –já que o agente já foi
condenado em primeira e segunda instâncias, a quatro anos e dois meses
de prisão.
Para a Fenapef, há inconsistências na ação penal contra Ishii. A
entidade lembra que ainda há recursos pedindo a anulação do processo, e
diz que outros agentes já foram absolvidos por falta de provas.
A opinião da entidade é compartilhada por colegas de Ishii em Curitiba,
que têm demonstrado solidariedade ao agente e afirmam que sua conduta no
trabalho, a despeito do que possa ter ocorrido no passado, é
"irretocável".
"Ele é sempre o primeiro a chegar e o último a sair. Tem uma disposição incrível", diz um colega.
Pessoas próximas a Ishii dizem que ele se sente, de certa forma,
"aliviado", porque aguardava o desfecho do julgamento havia anos. "É uma
espada que ele tira da cabeça", afirma outro agente.
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