"Só tenho medo da morte".
Assim Dunga rejeitou temor de demissão após a eliminação do Brasil na primeira fase da Copa América Centenário, neste domingo, ao perder de 1 a 0 para o Peru.
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, havia avisado a aliados que usaria a competição para análise do trabalho do técnico, que é irregular depois de eliminação nas quartas de final da Copa América de 2015 e do sexto lugar nas eliminatórias para a Copa-2018, após seis rodadas.
Dunga bateu na tecla da importância da continuidade.
"A Alemanha, que se fala tanto, fez um trabalho de 14 anos, teve uma
continuidade. Não se pode ficar mudando, querer alterar tudo com
trabalho de um, dois anos. É algo para um tempo, uma reconstrução, uma
renovação que estamos fazendo", disse o treinador.
Nesta Copa América, Dunga fez um "limpa" na geração 7 a 1, que perdeu a semifinal da Copa-2014 para a Alemanha. Contra o Peru, apenas dois jogadores que disputaram aquele partida, Hulk e Willian, estavam em campo.
O treinador usou também o erro da arbitragem, que validou o gol de braço
de Ruidíaz depois de alguns minutos conversando, aparentemente com
alguém, via rádio, fora do campo.
"O torcedor entende que hoje [neste domingo], perdemos por uma situação
que não é do futebol. O jogo era para ser 0 a 0, não entendemos porque o
árbitro ficou conversando, ou com quem estava conversando. Nessas horas
passamos a entender o presidente da federação do Uruguai", disse Dunga.
Ele se referiu a Wilmar Valdez, presidente da AUF (Associação Uruguaia de Futebol), que insinuou após a também eliminação precoce de seu time que o torneio estaria preparado para ser ganho pelo México, que praticamente joga em casa com a grande presença de sua torcida.
"Não acredito que com toda essa tecnologia, com todas essas câmeras se
cometam erros como esse que prejudicam todo o trabalho", disse o
técnico.
Ele fez apenas uma alteração em toda a partida, com Hulk na vaga de Gabriel, e não achou que errou ao não usar as duas outras.
"O time estava encaixado, criando chances", disse.
AJUDA DA ARBITRAGEM
Na estreia no torneio, o Brasil contou com um erro de arbitragem para escapar de uma derrota para o Equador.
O árbitro auxiliar chileno Carlos Astroza marcou erradamente uma saída
de bola pela linha de fundo. No lance, Bolaños conseguiu alcançar e fez o
cruzamento na direção do goleiro Alisson, que tentou agarrar a bola,
mas deixou ela escapar para dentro do gol.
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