11/06/2016 às 14h45
O
governo do presidente interino, Michel Temer, vai dar um prazo para a
presidente afastada, Dilma Rousseff, devolver cerca de 20 dos assessores
que pediu ao ser afastada do mandato. A petista será notificada pelo
Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre a decisão da Casa Civil,
que emitiu um parecer na sexta-feira da semana passada restringindo as
prerrogativas da presidente afastada. E caso não exonere alguns de seus
auxiliares “num prazo razoável”, a Casa Civil irá demitir assessores de
Dilma para reaver esses cargos.
O governo do presidente interino
ficou incomodado com o fato de Dilma ter montado uma equipe com cerca de
35 auxiliares, entre altos cargos de confiança e ajudantes de ordem, e
limitou esse número em 15. Um exemplo citado por um técnico da Casa
Civil é que no gabinete da Presidência só havia um cargo de Natureza
Especial (o topo da hierarquia do funcionalismo) e este foi levado por
Dilma. Essas funções estariam fazendo falta na atual gestão, segundo uma
fonte palaciana.
O principal assessor de Dilma, Giles Azevedo,
teve sua situação ajustada apenas na noite de sexta-feira, quando a Casa
Civil deu a ele uma função DAS 5 para seguir trabalhando com a petista.
O braço direito da presidente afastada estava num limbo jurídico desde
que o Senado confirmou seu afastamento, há um mês. Ele era
secretário-executivo do ministério da Chefia de Gabinete de Dilma, pasta
extinta por Temer.
Apesar da irritação com os privilégios de
Dilma, por enquanto, está mantida a estrutura de funcionários no Palácio
da Alvorada. Segundo o governo, são 120 servidores apenas para manter o
dia a dia do Alvorada, como cozinheiros. Há ainda o médico da
Presidência e seguranças. Ao todo, são cerca de 160 pessoas.
Conforme
O GLOBO antecipou, a Casa Civil regulamentou as prerrogativas a que
Dilma teria direito após seu afastamento. Entre as decisões, limitou o
uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira ao trajeto de Brasília a
Porto Alegre, onde Dilma tem família, frustrando os planos que a petista
tinha de participar de eventos Brasil afora, disseminando o discurso de
que sofreu um golpe e que o governo Temer é ilegítimo. Na sexta-feira,
Dilma ingressou com uma ação na Justiça Federal pedindo o fim da
proibição. O pedido corre sob sigilo e foi registrado na 6ª Vara Federal
de Porto Alegre.
G1
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