O deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) caiu nas lágrimas na última quinta-feira
quando renunciou ao cargo de presidente da Câmara. Dois dias depois,
ele já comanda no whatsapp os grupos de conversa do seu partido para
tentar influenciar na eleição de seu sucessor. Em troca de mensagens
reveladas pelo O Globo, Cunha faz recomendações, traça cenários e alerta para o risco de o presidente interino Waldir Maranhão (PR-MA) criar um plano para o impeachment de Michel Temer.
Cunha
defende que o PMDB não concorra novamente ao cargo da presidência da
Câmara porque acredita que as chances são remotas. Ele defende um nome
do centrão, grupo de partidos médios no qual ainda tem uma certa
influência política. "Temos uma condição diferente hoje por termos o
presidente da República. Difícil ter Senado, Câmara e presidência em um
único partido", afirmou Cunha no whatsapp.
Os
deputados chegaram a discutir no grupo de conversa do partido depois
que Cunha enviou uma mensagem sobre as chances de Temer sofrer um
"golpe" liderado por Maranhão, que quer acelerar o processo de
impeachment contra o presidente interino.
Para
Cunha, o único jeito de evitar esse risco seria marcar a eleição do
novo presidente para o começo da próxima semana. "Marcar segunda não é
ruim, porque obriga a resolver", disse. "Perde-se mais uma semana, a
última, e dá margem ao golpe que querem fazer de aceitar o impeachment
de Michel".
De acordo com a
mensagem de Cunha, a saída para evitar a artimanha de Maranhão seria
marcar a eleição do novo presidente já para o início da próxima semana.
“Marcar segunda não é ruim, porque obriga a resolver”, escreveu Cunha,
alertando os correligionários para o risco de retardar a data: “Perde-se
mais uma semana, a última, e dá margem ao golpe que querem fazer de
aceitar o impeachment de Michel”.
Nos
últimos dois dias, Cunha está sendo isolado pelos seus "ex-amigos", que
agora negam terem uma simpatia por ele. Participam do grupo, Beto
Mansur, que defendeu a renúncia de Cunha, além de possível candidatos ao
cargo da presidência, como Rogério Rosso (PSD-DF) e Carlos Manato
(SD-ES) .
Os desafetos de Cunha dentro do PMDB criticam a articulação do ex-presidente para tentar influenciar a nova eleição. O Globo
entrevistou um desses parlamentares, que classificou as mensaens como
incabíveis. "É uma situação esdrúxula. Nosso ex-presidente faz um papel
patético", afirmou.
Fonte: http://www.msn.com
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