Tite comandou a seleção brasileira em dois jogos,
ambos pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia-2018. Obteve
duas vitórias. Na quinta (1º), 3 a 0 sobre o Equador, em Quito. Nesta terça (6), em Manaus, 2 a 1 na Colômbia, com gols de Miranda e Neymar.
Em um intervalo de menos de uma semana, o treinador registrou o que seu antecessor, Dunga, não conseguiu em quase dois anos à frente da equipe: dois triunfos seguidos em jogos por uma competição. Partidas “para valer”, que não fossem amistosos.
Em um intervalo de menos de uma semana, o treinador registrou o que seu antecessor, Dunga, não conseguiu em quase dois anos à frente da equipe: dois triunfos seguidos em jogos por uma competição. Partidas “para valer”, que não fossem amistosos.
Dunga esteve à frente do Brasil, em sua segunda passagem pela
chefia da seleção, a partir do segundo semestre de 2014, em três
competições: duas Copas Américas (2015 e 2016)
e as eliminatórias da Copa (total de seis jogos, em 2015 e em 2016).
Jamais emplacou duas vitórias consecutivas. Não à toa, caiu – durou até
demais.
É relevante lembrar que Dunga ganhou dez amistosos seguidos, porém…
eram amistosos. Não valiam taça. Não valiam pontos na busca da
classificação para um Mundial.
A última vez que o Brasil havia vencido duas partidas seguidas em um
campeonato foi na Copa das Confederações, em junho de 2013, com Luiz
Felipe Scolari. A seleção sagrou-se campeã com uma campanha
irrepreensível: cinco jogos, cinco vitórias.
Lamentavelmente, na Copa do Mundo de 2014 isso não se repetiu: o time
de Felipão bateu Croácia, empatou com México, superou Camarões, empatou
com Chile (avançou, com sofrimento, nos pênaltis), derrotou Colômbia e
levou a surra de 7 a 1 da Alemanha. Com a bola rolando, não venceu dois jogos seguidos.
Tite não está distante de igualar as cinco vitórias em série do
Brasil de 2013 e deixar a classificação para a Copa encaminhadíssima.
As duas próximas partidas da seleção pelas eliminatórias, em outubro, são contra rivais fracos e que estão fora da zona de classificação: Bolívia, como mandante, e Venezuela, como visitante.
Com esses dois sucessos esperados, serão quatro seguidos.
O quinto pode chegar em duelo com o principal rival, a Argentina, que
virá ao Brasil em novembro. O jogo será no Mineirão, palco do 7 a 1.
Seria melhor que fosse em outro lugar, como no Maracanã que arrepia Tite
(no sentido positivo), mas será uma tremenda chance para a seleção se
redimir.
Tite começou muito bem. Em campo, é verdade, ainda não se vê o Brasil
com um futebol convincente. Mas a confiança foi restabelecida. É o
primeiro passo, e grande, para avanços.
Avanços não só na tabela, mas na forma de jogar. Houve evolução do
Brasil contra a Colômbia em relação ao que se viu contra o Equador. Em
Quito, a vitória, apesar de elástica, só veio no segundo tempo, e os
equatorianos ameaçaram seriamente a meta de Alisson no primeiro.
Na Arena Amazônia, o Brasil teve domínio do jogo praticamente todo o
tempo. Saiu na frente em jogada de escanteio e poderia ter ampliado não
fossem defesas de Ospina em conclusões de Neymar.
Sofreu o empate em jogada de bola parada, ainda na primeira etapa – Marquinhos fez contra.
No segundo tempo, com as entradas de Philippe Coutinho
e Giuliano (saíram Willian e Paulinho), a equipe ficou mais habilidosa e
incisiva, manteve a pressão nos colombianos, e Neymar acabou premiado
ao acertar um chute de canhota.
Contra a Colômbia, houve muitos méritos. A posse de bola existiu. A
defesa funcionou, esteve segura. O meio de campo foi “pegador”, tanto
que o craque rival, James Rodríguez, sumiu. Casemiro e Renato Augusto jogaram muito. A vontade de vencer esteve o tempo todo presente.
É preciso, contudo, principalmente jogando em casa, engolir o
adversário, não deixá-lo respirar. Fazer pressão na saída de bola rival
com mais frequência. E finalizar mais vezes.
Ainda falta muito para forjar um time campeão. Mas dá para ser otimista.
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