Hoje é o Dia Nacional de Conscientização da Psoríase. Em João Pessoa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza o dia D, no Parque da Lagoa, a partir das 15h30, com atividades culturais, educativas e serviços de promoção à saúde. A psoríase é uma doença grave e sistêmica (afeta todo o corpo), que se manifesta na pele e pode levar à incapacidade física. Conscientizar é preciso porque o preconceito com quem é portador da doença ainda é grande, apesar de a doença não ser contagiosa.
De acordo com o gerente de Atenção Básica da SMS, Gilliard Abrantes, a finalidade da campanha é combater o estigma e melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença. “O objetivo é esclarecer que a psoríase não é uma doença contagiosa e possui inúmeras opções de tratamento, trabalhando a conscientização da população e explicando como identificar a psoríase, seus planos terapêuticos e como os pacientes podem conviver com a doença”, afirmou. Participam da campanha na Capital o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Internacional da Paraíba, Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Centro de Referência em Psoríase da Paraíba, entre outros.
A doença
A sua causa ainda não é totalmente conhecida. “A base é genética. É como se a pessoa tivesse uma programação. Existem os fatores que chamamos de gatilho. Estresse é o campeão, mas não é a causa. Ansiedade, álcool, fumo, um trauma de qualquer natureza, etc, costumam piorar a doença”, disse a dermatologista Esther Palitot..
A psoríase ocorre em pessoas de todas as idades, mas geralmente aparece entre os 15 e 30 anos – sendo que 30% dos pacientes podem desenvolver artrite psoriásica, que combina os sintomas de duas doenças autoimunes, a própria psoríase e a artrite reumatoide, ambas incapacitantes. “A artrite psoriásica é o que pode levar a pessoa a ter incapacidade física. Por ser inflamatória, ela tem tendência a se repetir, fazendo com que acometa nas articulações. Mas isso depende do tipo e não se manifesta em todos que possuem psoríase”, explicou a dermatologista.
A doença varia de pessoa para pessoa e o tratamento depende do tipo e da extensão da doença, assim como do histórico médico. Cada forma de psoríase tem sinais que permitem que os dermatologistas visualmente identifiquem e determinem o seu tipo e o tratamento adequado. O tratamento pode incluir medicamentos de uso local, fototerapia ou medicamentos sistêmicos, como os biológicos, recomendados nos casos mais graves da doença “Fazendo o tratamento controlado, a pessoa pode viver sem as manchas. Mas ela não deixará de ser portadora da doença, apesar de que dá pra viver uma vida normal”, disse. Qualquer dermatologista está apto a fazer o tratamento de psoríase.
“No verão, por vergonha, a tendência dos pacientes é esconder as marcas causadas pela doença – apesar de que deixar estas marcas descobertas pode aliviar os sinais da doença. Tomar sol bem cedinho ajuda a diminuir as manchas vermelhas por causa da luz. Mas nada de sol muito quente porque pode piorar. Também é bom usar roupas leves. Um paciente pode manifestar sintomas de depressão e fobia social, por tentar esconder a doença e os sintomas. Eles escondem com medo da rejeição. Por isso é importante a conscientização porque o preconceito não é gerado por maldade e sim, porque as pessoas não sabem o que é” - Esther Palitot, dermatologista.
Sintomas
Na pele
- Pele seca
- manchas avermelhadas que escamam e, em alguns casos, que sangram em áreas como cotovelo, palma da mãe e do pé, couro cabeludo, etc.
- pequena saliência
- irritação
Nas articulações
- rigidez
- sensibilidade
- dor
63,7 % dos brasileiros têm a qualidade de vida impactada negativamente pela doença, segundo o e Estudo Beyond, inédito do país.
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