Entrevistado
na noite de ontem (30) no Frente a Frente, da TV Arapuan, o jornalista
paraibano Evaldo Costa, ex-secretário de Comunicação de Pernambuco,
confessou suspeita de que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) fora
alvo de um atentado político, e não simplesmente de um acidente aéreo. O
desabafo, segurado por dois anos e meio, é o primeiro feito
publicamente por alguém que conviveu tão longa e proximamente do
ex-presidente nacional do PSB.
Para Evaldo – braço direito no
Governo, secretário duas vezes e amigo de Campos – , adversários sabiam
do potencial de Eduardo na disputa e, entre aqueles que temiam o “perigo
que ele representava, havia gente com capacidade” para eliminá-lo.
Ao
jornalista Heron Cid, apresentador do programa, Evaldo disse que esse
sentimento não é isolado, mas compartilhado por pessoas do círculo de
ex-auxiliares mais próximos e familiares do ex-governador de Pernambuco.
“As pessoas evitam falar sobre isso. Podem dizer que você está doido”,
explicou.
Na entrevista gravada no dia 12 de novembro do ano
passado, no Recife, e somente exibida na noite desta segunda-feira,
Costa lamentou que as autoridades brasileiras, especialmente a
Aeronáutica, até hoje não tenhaM dado um parecer técnico convincente
sobre as causas do acidente.
“O órgão [Cenipa] da Aeronáutica se
limitou a dizer que os pilotos não fizeram determinado curso. Um avião
não cai porque o piloto deixou de fazer um curso”, ironizou, criticando a
superficialidade de todas as explicações para a queda do avião que
matou um candidato à Presidência da República em plena campanha.
Acidente e investigação – O acidente aconteceu no dia 13 de agosto de 2014, em Santos, litoral paulista, onde Eduardo Campos teria agenda política.
O
relatório final da investigação apresentado por oficiais do Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força
Aérea Brasileira não aponta um único motivo que causou a queda do avião.
O
Cenipa apontou quatro fatores que contribuíram para a queda do avião: a
atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a
desorientação espacial e a indisciplina de voo. Também há fatores que
podem ter colaborado, mas que não ficaram comprovados. Eventual fadiga
da tripulação está no relatório.
Veja o vídeo:
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