O empresário está preso preventivamente por determinação do juiz Sérgio Moro desde junho de 2015
O executivo Marcelo Odebrecht, um dos herdeiros do Grupo Odebrecht, depõe nesta sexta-feira, 27, na Justiça
Federal em Curitiba para um dos juízes auxiliares do gabinete do Teori
Zavascki, do STF. A audiência faz parte do processo de análise da
colaboração premiada feita pelo STF e serve para o empresário confirmar à
Justiça o teor de seus depoimentos e se ele depôs por vontade própria, sem ser pressionado.
Marcelo é o último dos 77 executivos,
funcionários e ex-funcionários do grupo que foram ouvidos pelos
magistrados auxiliares do Supremo que atuam na análise do acordo, o
principal da Lava Jato até agora e que deve dobrar o tamanho da
investigação.
Concluída essa fase dos depoimentos, o caso
será encaminhado ao próximo relator do caso no STF, que deve ser
definido na semana que vem com o fim do recesso na Corte.
Com a morte de Teori, vítima de um acidente aéreo em Paraty (RJ) no
último dia 19, os processos da Lava Jato estão atualmente com a
presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que decidiu no começo da
semana retomar o cronograma dos depoimentos da Odebrecht que havia sido
estabelecido por Teori.
O antigo relator do caso no STF e seus juízes auxiliares dedicaram-se
ao assunto nas férias e, com o acidente, o cronograma inicial foi
interrompido. Mesmo com a morte de Teori, os auxiliares que atuam em seu
gabinete permanecem trabalhando até que o sucessor do ministro assuma e
decida sobre a equipe do gabinete.
O acordo de colaboração fechado com a
Procuradoria-Geral da República prevê que apenas Marcelo Odebrecht
continue na prisão até o fim deste ano. Ao todo, a pena prevista para
Marcelo será de dez anos, sendo os dois primeiros na cadeia.
O empresário está preso preventivamente por determinação do juiz
Sérgio Moro desde junho de 2015, suspeito de pagar propina em troca de
contratos na Petrobras. Depois desse período, no fim de 2017, passará a
ter direito a progressões gradativas: dois anos e meio em regime fechado
domiciliar, dois anos e meio no semiaberto e a última parte no regime
aberto. Com informações do Estadão Conteúdo.
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