Por: Michele Marques | Publicado em 10 de maio de 2017 | Nenhum Comentário
Após cinco horas, terminou há pouco o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante o juiz federal Sérgio Moro em Curitiba.
Lula
respondeu a perguntas de Moro, da assistência de acusação, de
procuradores do Ministério Público Federal e fez as alegações finais.
O ex-presidente é acusado de ter
recebido propina de R$ 3,7 milhões da empreiteira OAS por meio das
reformas em um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Em
troca, a empresa seria favorecida em contratos.
O depoimento de Lula começou por volta
das 14h15. Usando uma gravata com as cores da bandeira do Brasil, o
ex-presidente entrou no prédio da Justiça Federal acompanhado de seu
advogado Cristiano Zanin. Manifestantes favoráveis e políticos aliados
acompanharam Lula até o prédio. Entre os aliados que foram até Curitiba
para apoiá-lo, estava a ex-presidenta Dilma Rousseff.
Segurança
O depoimento ocorreu sob forte esquema
de segurança na área externa do prédio. Cerca de 3 mil profissionais de
segurança pública das esferas federal, estadual e municipal foram
mobilizados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná,
desse total, cerca de 1,7 mil são policiais militares que atuam em
Curitiba.
Durante todo o dia, centenas de
policiais militares fizeram um bloqueio em um perímetro de 150 metros ao
redor do prédio da Justiça Federal. Agentes da Polícia Rodoviária
Federal e da Polícia Federal cuidaram do isolamento do próprio prédio.
Os profissionais também acompanharam os atos a favor e contra Lula e
fizeram a escolta do carro do ex-presidente.
Manifestantes contra e a favor de Lula
realizaram atos em pontos diferentes da capital paranaense. De acordo
com o governo estadual, cerca de 6 mil manifestantes que apoiam Lula
foram a Curitiba para acompanhar o interrogatório. Ao todo, foram 128
ônibus vindos de vários estados do país. Grupos contrários ao
ex-presidente também foram para a cidade, mas a Polícia Militar informou
que não recebeu notificações de ônibus fretados por eles.
EBC
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