A inflação ficou
em 0,95% em novembro, depois de atingir 1,25% em outubro, mas ainda assim é a
maior para o mês desde 2015, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
sexta-feira, 10. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula
alta de 9,26% no ano e de 10,74% em 12 meses, o nível mais alto desde novembro
de 2003, quando foi de 11,02%.
O
resultado ficou perto do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções
Broadcast, que previam alta entre 0,94% e 1,18%, com mediana de 1,10%.
A
alta foi puxada pelo segmento de transportes, que subiu 3,35%, sob efeito da
alta nos preços dos combustíveis, principalmente, da gasolina (7,38%), que
teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês - de 0,46 ponto
porcentual. Também ficaram mais caros o etanol (10,53%), o óleo diesel (7,48%)
e o gás veicular (4,30%). A gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o
etanol de 69,40% e o diesel de 49,56%.
Os
preços dos automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%) também pesaram na inflação
de novembro. As passagens aéreas recuaram 6,12%, após as altas de 28,19% em
setembro e de 33,86% em outubro.
O
segmento de habitação registrou alta de 1,03%, pressionado, novamente, pela
energia elétrica, que subiu 1,24%. O gás de botijão ficou 2,12% mais caro e
acumula aumento de 38,88% em 12 meses.
O
pequeno recuo em alimentação e bebidas (-0,04%) contribuiu para a desaceleração
do IPCA de novembro, devido à queda de 0,25% na alimentação fora do domicílio,
influenciada pelo lanche (-3,37%). Também tiveram queda o leite longa vida
(-4,83%), o arroz (-3,58%) e as carnes (-1,38%).
O
grupo saúde e cuidados pessoais também caiu, 0,57%, consequência da queda nos
preços dos itens de higiene pessoal (-3,00%). Além disso, a variação dos planos
de saúde (-0,06%) segue negativa, refletindo a redução de 8,19% determinada em
julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde
individuais.
Fonte:
https://www.msn.com/
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