11.08.22
10:21 / Atualizado: 11.08.22 13:17
O general Braga Netto, hoje vice na chapa do
presidente, recebeu R$ 926 mil em dois meses daquele ano, no auge da pandemia
Vice na chapa de Bolsonaro e ex-ministro, o general
Walter Braga Netto recebeu R$ 926 mil em março e junho de 2020, no auge da
pandemia, informa o Estadão. Só de férias,
foram pagos R$ 120 mil ao militar em um único mês.
Segundo
o jornal, outros militares do governo tiveram a folha de pagamento turbinada
naquele ano. Estão na lista Luiz Eduardo Ramos, ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, e Bento Albuquerque, ex-ministro
de Minas e Energia. Dados do Portal da Transparência apontam que os
benefícios pagos pelo governo fizeram com que oficiais e pensionistas ganhassem
até R$ 1 milhão na folha de pagamento em um único mês.
“Bento Albuquerque, almirante de esquadra
reformado da Marinha, teve R$ 1 milhão em ganhos brutos nos meses de
maio e junho somados, enquanto o salário habitual do ex-ministro é de R$ 35
mil por mês como militar. Luiz Eduardo Ramos, por sua vez, recebeu
um montante de R$ 731,9 mil em julho, agosto e setembro de 2020,
também somados, apesar de ganhar um salário de R$ 35 mil por mês em períodos
‘normais’ como general. Na época dos ganhos extras, Ramos comandava a
Secretaria de Governo”, diz a reportagem.
A
folha de pagamento aumentou, principalmente, no período em que os oficiais
foram para a reserva. O Planalto patrocinou uma mudança que aumentou a
indenização paga quando os militares saem do serviço ativo e adquirem essa
condição, equivalente a uma aposentadoria.
Procurados
pelo jornal, Braga Netto e Bento Albuquerque não se pronunciaram sobre o caso.
Ramos disse que os valores têm caráter indenizatório ou de ressarcimento
relativos à sua ida para a reserva. O Exército afirmou que os
pagamentos aos generais são legais. A Marinha não respondeu.
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